Treze músicas para hoje
“Não é só a morte que iguala a gente. O crime, a doença e a loucura também acabam com as diferenças que a gente inventa”.
Ouso complementar a frase de Lima Barreto acrescentando que também a música tem o poder de igualar as pessoas e acabar com as diferenças. Músicas representam uma realidade e também criam realidades, e é na reflexão entre essas duas funções que selecionamos 13 músicas de artistas negros brasileiros para embalar vossa noite.
Hoje,
vinte de novembro, se comemora o dia nacional da consciência negra. Data
auspiciosamente escolhida por ser o dia da morte de Zumbi dos Palmares, símbolo
de resistência e luta contra a escravidão no Brasil. A ideia de Consciência
Negra, porém, foi criada por Steve Biko, ativista antiapartheid responsável
pelo slogan “black is beautiful”, assassinado aos 30 anos de idade pelas forças
da repressão do estado sul-africano.
O Brasil tem a maior população de origem africana fora da África, e mesmo hoje,
continua sendo um país altamente racista e negrofóbico, onde o número de
assassinatos de negros é 2,5 vezes maior que o de brancos e a renda média de
afrodescendentes a metade.
Um dos elementos mais fortes da
cultura africana é a musicalidade, e no Brasil, esta também serviu como um dos
mais importantes recursos de resistência à escravidão, e não é exagero dizer
que toda música concebida aqui tem, de maneira mais ou menos direta, raízes e
troncos na cultura africana.
As canções que selecionamos são de diferentes tempos e estilos. Todas falam de
Brasil, de negritude, de luta e de celebração, e tem um papel fundamental na
valorização da identidade afro-brasileira.
Apreciem sem moderação!
1) Olhos Coloridos, Sandra de Sá
2) Zumbi, Jorge bem Jor
3) Sorriso Negro, Dona Ivone Lara
4) A Carne, Elza Soares
5) Haiti, Caetano Veloso e Gilberto Gil
6) Tambor, Kamau
7) Negro Drama, Racionais MCs
8) Sou Negro, Toni Tornado
9) Mão da Limpeza, Gilberto Gil
10 ) Pra que me chamas?, Xênia França
11) Mulheres Pretas, Lady Rap
12) Mandamentos Black, Gerson King Combo
13) Tambor do Mar, ODU
Dica
Som na Toca: O coletivo ODU está no nosso marketplace, e pode ser contratado
para tocar no seu evento!
https://contratarmusicos.somnatoca.com.br/pt-BR/listings/566986-odu
Fontes:
Nossa 12ª edição tá saindo do forno: Luísa Lacerda e Giovanni Iasi
Já acompanhamos a carreira da Luísa Lacerda há algum tempo, principalmente pelas redes sociais. A Luísa é um tapa de luva na cara dos que dizem que não há mais música de qualidade no Brasil. Seu repertório é uma fonte inesgotável de novos compositores, apesar de ter super influência pela música de Chico Buarque e Edu Lobo, por exemplo. Vou colocar aqui alguns vídeos dela que gosto bastante:
Quando ela nos apresentou o projeto do seu duo com o Giovanni Iasi, ficamos super empolgados e foi só uma questão de tempo para encontrarmos uma data! Já tinha um tempo que a gente discutia a possibilidade de convidar a Luísa para fazer uma edição.
Conheci o trabalho do Giovanni Iasi através da própria Luísa, que uns meses atrás havia me apresentado o disco dele com o Pedro Iaco (que ainda estou viciado por sinal). Vale super a pena dar uma conferida no trabalho deles.
O disco do duo Iasi Iaco se chama Rio Escuro e está disponível em todas as plataformas digitais. Essa aqui é uma das minhas favoritas do disco, que inclusive tive a oportunidade de ver a Luísa Lacerda tocar em seu show essa semana no Al Jaziah, em São Paulo:
Acabei de encontrar uma entrevista deles no YouTube inclusive! :D
A Luísa e o Iasi vão estrear seu duo hoje, dia 18/08/2018, no Espaço 91 em São Paulo. O show deles é cheio de canções autorais do Giovanni, que transitam desde a sutiliza de uma valsa até o frenesi de um frevo e nos convida a conhecer as paisagens de um cenário brasileiro regional e universal, repleto de contrastes e idiomatismos (como eles mesmos descrevem no release).
Um pequeno spoiler do que vai rolar na estreia de hoje e no Som na Toca:
A edição do Som na Toca com a Luísa e o Iasi vai acontecer no dia 23 de setembro e ainda estamos fechando o local. Vamos divulgar mais detalhes pela nossa página do Facebook (www.facebook.com/somnatoca) e pelo Instagram (@somnatoca).
Esperamos vocês por lá.
Beijos,
Rodrigo Labanca
Rafael Martini e Alexandre Andrés participaram da 10ª edição do Som na Toca
O show foi inacreditavelmente emocionante e contou com várias participações super especiais como Ilessi e Maria Clara Valle, além dos próprios anfitriões da edição, Joana Queiroz e Jonas Hocherman.
Uma das músicas que eu mais curti do show e uma das minhas favoritas do trabalho do Rafael Martini em geral é Dual. Olha como foi aí pelo Som na Toca:
Ele gravou essa música com um arranjo incrível no disco Suíte Onírica do seu sexteto, com participação da Orquestra Sinfônica da Venezuela. Queria muito ter visto isso ao vivo. Ainda bem que alguém filmou e colocou no YouTube:
Apesar de não termos conseguido financiar edição por completo, resolvemos fazer o show como ato de resistência a esse momento tão estranho que nosso país estava passando. Achamos importante continuar nos manifestando artisticamente e fomos em frente! Não nos arrependemos de forma alguma e show foi absolutamente maravilhoso.
Para quem não ainda não conhece o disco fica aí o link: https://open.spotify.com/album/1QvkEReWmkjRTfs58WRJDi?si=nkIAJaCtT8SkhZEpQeML-w
Guilherme Pimenta Quarteto na 11ª edição do Som na Toca
O setlist foi:
1- Milharal (Daniel Ganc)
2- Violino na Roda (Guilherme Pimenta)
3- Cachaça (Guilherme Pimenta)
4- Lu no Forró (Guilherme Pimenta)
5- Arrasta-pé Luisviana (Lourenço Vasconcellos)
6- Quebra Canela (Guilherme Pimenta)
7- Xote Blues (Guilherme Pimenta)
8- Choro Clandestino (Daniel Ganc)
9- Capricho de Raphael (Hamilton de Holanda)
10- Cabeludo (Guilherme Pimenta)
Bis:
11- Relento (Guilherme Pimenta)
O vídeo do show completo está no YouTube:
A gente amou o show... e vocês? ;)
O que rolou na 8ª edição do Som na Toca
Aí a música completa:
Teve também tambor do mar:
Claridade:
E, é claro, Avamôa: